Documentos que acabam de ser revelados mostram que o governo soviético abriu mão de medidas de segurança para vencer a corrida espacial
Não é difícil imaginar os riscos que o cosmonauta russo Yuri Gagarin enfrentou quando realizou a primeira viagem do homem para o espaço. Afinal, a tecnologia que moveu a Vostok, nave que levou o militar à órbita terrestre no dia 12 de abril 1961, era precária, experimental e muito inferior à que possuímos hoje.
O que não se sabia até recentemente é que as autoridades soviéticas tomaram conhecimento de várias falhas técnicas no equipamento usado por Gagarin, mas decidiram prosseguir com a missão, arriscando a vida do piloto em nome da chamada corrida espacial, disputada com a outra superpotência da Guerra Fria, os Estados Unidos.
Essas informações, divulgadas pelo jornal Der Spiegel, vieram à tona por meio de documentos do período que o governo russo acabou de revelar. A papelada mostra, por exemplo, que dois dias antes do vôo de Gagarin, cientistas descobriram que sua roupa tinha peso superior ao permitido para embarcar na Vostok. A solução encontrada foi remover alguns equipamentos do traje, incluindo peças essenciais como sensores de temperatura e pressão. Outra decisão tomada pelos coordenadores da missão foi a de não incluir sistemas de emergência na espaçonave, acionados, por exemplo, em caso de incêndio ou falha no lançamento.
Essas medidas ocasionaram problemas sérios ao cosmonauta. Durante o vôo, por exemplo, sabe-se que Gagarin quase não conseguiu acionar o sistema de respiração de seu traje espacial.
De acordo com os documentos, lidos pela primeira vez pelo também cosmonauta Yuri Baturin, o governo da União Soviética esperava ganhar tempo com essa simplificação da tecnologia usada por Gagarin, assumindo, assim, a dianteira na corrida espacial.
O que não se sabia até recentemente é que as autoridades soviéticas tomaram conhecimento de várias falhas técnicas no equipamento usado por Gagarin, mas decidiram prosseguir com a missão, arriscando a vida do piloto em nome da chamada corrida espacial, disputada com a outra superpotência da Guerra Fria, os Estados Unidos.
Essas informações, divulgadas pelo jornal Der Spiegel, vieram à tona por meio de documentos do período que o governo russo acabou de revelar. A papelada mostra, por exemplo, que dois dias antes do vôo de Gagarin, cientistas descobriram que sua roupa tinha peso superior ao permitido para embarcar na Vostok. A solução encontrada foi remover alguns equipamentos do traje, incluindo peças essenciais como sensores de temperatura e pressão. Outra decisão tomada pelos coordenadores da missão foi a de não incluir sistemas de emergência na espaçonave, acionados, por exemplo, em caso de incêndio ou falha no lançamento.
Essas medidas ocasionaram problemas sérios ao cosmonauta. Durante o vôo, por exemplo, sabe-se que Gagarin quase não conseguiu acionar o sistema de respiração de seu traje espacial.
De acordo com os documentos, lidos pela primeira vez pelo também cosmonauta Yuri Baturin, o governo da União Soviética esperava ganhar tempo com essa simplificação da tecnologia usada por Gagarin, assumindo, assim, a dianteira na corrida espacial.
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