segunda-feira, 23 de abril de 2012

Imagens do deserto

Filme O príncipe do deserto, em cartaz nos cinemas brasileiros, retrata disputas por petróleo no mundo árabe do início do século XX


   Disputa por petróleo, costumes tradicionais do mundo árabe, paisagens do deserto no início do século XX: esses são os ingredientes principais de O príncipe do deserto, filme dirigido por Jean-Jacques Annaud – o mesmo de Círculo de fogo, O nome da rosa e Sete anos no Tibet –, atualmente em cartaz.

   Nos anos 1930, depois de uma luta de dois líderes guerreiros nos Emirados Árabes, a vitória do emir de Hobeika, Nesib (vivido por Antonio Banderas), lhe dá o direito de ditar os termos de paz para Ammar, sultão de Salmaah (interpretado por Mark Strong). O acordo entre os dois é deixar intocado o território batizado de Faixa Amarela. Em troca Nesib adota os filhos de Ammar, segundo os costumes tribais do local.

   Anos depois, um dos jovens quer conhecer a terra de seu pai ao mesmo tempo em que o homem que o criou descobre, por intermédio de um americano, a existência de petróleo na Faixa Amarela. Por ganância, Nesib arranja o casamento de sua filha com um dos filhos adotivos e tenta reconquistar o território do inimigo. O conflito rende batalhas espetaculares e uma história de amor entre o príncipe guerreiro que luta pela paz e sua irmã adotiva, Leyla (vivida por Freida Pinto).

terça-feira, 17 de abril de 2012

Hitler na Patagônia?

Livro reascende uma “lenda” antiga, segundo a qual o líder nazista teria sobrevivido ao fim da guerra e fugido com Eva Braun para a Argentina


   Adolf Hitler é uma figura inconfundível, mas, ao que parece, ele passou anos despercebido na Argentina, onde teria se refugiado depois da Segunda Guerra Mundial. Pelo menos é isso que afirmam os jornalistas ingleses Simon Dunstan e Gerrard Williams, autores do livro Grey wolf – The escape of Adolf Hitler (Lobo cinza – A fuga de Adolf Hitler), lançado no fim do ano passado e ainda inédito no Brasil. A história não é novidade, mas o lançamento reacendeu a polêmica levantada, em 2006, pelo escritor argentino Abel Basti em seu livro Hitler em Argentina (inédito no Brasil).

    Independentemente da guerra judicial que Basti agora trava contra Dunstan e Williams, acusando-os de plágio, fato é que a “lenda” a respeito da morte do ditador nazista existe. Segundo ela, Hitler não teria cometido suicídio em um bunker na Alemanha, mas sim fugido para a Espanha e, depois, para a Argentina, com sua companheira, Eva Braun, em 1945. Durante 20 anos, o casal teria vivido numa mansão nas montanhas da cidade de Villa La Angostura, na Patagônia. Havia uma forte presença alemã na Argentina e até um partido nazista local. “A grande comunidade de proprietários de terra alemães no país deu a Hitler e seus seguidores o esconderijo perfeito”, diz Williams.

    Já em 1945, questionava-se o suicídio do Führer. Inglaterra e Suécia, por exemplo, davam mais crédito à versão de que a saúde de Hitler estava tão abalada que ele nem teria participado da defesa de Berlim. Sua morte teria sido causada por uma hemorragia ou comoção cerebral. Mas, segundo Williams, existem testemunhas, reportagens e documentos do FBI que atestam a presença de Hitler na Argentina. “Uma das peças-chave são os relatórios do julgamento do piloto que o tirou de Berlim, detalhados em matérias da Reuters e da Associated Press de Varsóvia em 1947. Até hoje, essas evidências haviam sido ignoradas pelos historiadores”, afirma o jornalista.

    Ainda assim, a fuga – ou morte – do ditador segue cercada de mistério. Em 2009, análises de DNA realizadas nos laboratórios da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, mostraram que o suposto crânio de Hitler encontrado no bunker e guardado pelos russos era, na verdade, de uma mulher com menos de 40 anos. “A real história do fim da Segunda Guerra e de como os membros da inteligência americana ajudaram os nazistas depois está apenas começando a aparecer”, sentencia o autor inglês.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Listas contam história da imigração

Museu da Imigração vai disponibilizar na internet as listas de bordo dos navios que chegaram a São Paulo entre 1854 e 1962


   Até junho de 2012, o projeto Memória da Imigração deve disponibilizar para consulta pública no site do Museu da Imigração (www.museudaimigração.com.br) versões digitalizadas de cerca de 66 mil listas de bordo de navios que chegaram ao estado entre 1854 e 1962. O projeto é uma parceria entre a Secretaria Estadual de Cultura e o Arquivo Público do Estado de São Paulo.

   Além das listas, há milhares de outros documentos disponíveis para consulta pública, como páginas de jornais, mapas, fotografias e cartões-postais. Para que tudo isso chegasse à internet foi realizado um trabalho de mais de um ano de organização, conservação e preservação, digitalização e tratamento de imagem.

   Atualmente, o próprio site do Arquivo Público do Estado de São Paulo disponibiliza cerca de 330 listas de bordo digitalizadas especialmente para o site Memória da Imigração do Estado de São Paulo. Já o acervo digital do Museu da Imigração conta com 87 mil itens que ilustram um pedaço importante da história do estado.

terça-feira, 3 de abril de 2012

São Luís, capital americana da cultura

A cidade maranhense, que completa 400 anos em 2012, foi eleita o principal centro histórico e cultural do continente


   O ano de 2012 será especial para a cidade de São Luís do Maranhão. Além de comemorar 400 anos, a única capital brasileira fundada por franceses foi eleita Capital Americana da Cultura.

   O conceito de Capital Cultural surgiu em 1985, quando a então ministra da Cultura da Grécia, Melina Mercouri, propôs uma iniciativa intergovernamental que ajudasse a valorizar e promover a riqueza cultural europeia. A primeira Capital Europeia da Cultura foi Atenas, e o sucesso da experiência disseminou a ideia. Em meados da década de 1990, foram criadasvas Capitais da Cultura árabes e americanas.

   Para vencer a eleição, São Luís apresentou um projeto cultural que foi analisado por um comitê ainda em 2010. Depois de certificada, no ano seguinte, foi realizada uma campanha com votação popular para eleger os sete tesouros do patrimônio cultural material da cidade. Foram eleitas a Azulejaria, o Convento das Mercês, a Igreja da Sé, o Palácio dos Leões, a Praça Gonçalves Dias, a Rua Portugal e o Teatro Arthur Azevedo.