terça-feira, 26 de julho de 2011

África tem língua mais antiga do mundo

Pesquisadores de universidade na Nova Zelândia defendem que a primeira forma de linguagem falada da história surgiu no continente negro


   Segundo um artigo publicado na revista Science, a origem da linguagem humana está na África. O estudo de Quentin Atkinson, pesquisador da Universidade de Auckland, Nova Zelândia, mostra que há uma relação entre o surgimento do Homo sapiens no continente e a aparição da língua falada.

   Atkinson aplicou na linguística um conceito oriundo da genética, conhecido como “efeito fundador”. Ele explica que, quando há expansão, uma população pequena se separa e vai para outro território, levando apenas uma parte da população original, o que pode ocorrer repetidas vezes. Em vez de genes, o pesquisador analisou fonemas, unidades distintas de sons, que diferenciam palavras. Segundo ele, quanto maior o número de fonemas em uma língua, maior o tamanho da população falante. Ao mesmo tempo, quanto menor a diversidade de fonemas, mais distante está a língua da origem.

   Depois de analisar o repertório de fonemas de 504 línguas, juntamente com a localização geográfica, concluiu que a África apresenta a maior diversidade de fonemas, e, portanto, teria sido o berço da mais antiga língua falada. A América do Sul e a Oceania apresentam o menor número de fonemas distintos. Logo, têm as línguas mais recentes do planeta.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Documentos do Império na internet



Assembléia Legislativa de São Paulo disponibiliza cerca de 350 mil documentos produzidos até a década de 1930



   Um ofício de requerimento de aumento de salário para os professores de São Paulo de 1841, ou o contrato de parceria estabelecido entre o senador Vergueiro e os colonos imigrantes europeus para trabalhar em sua fazenda de café de 1852. Esses são alguns dos exemplos dos documentos que compõem o Acervo Histórico da Assembleia Legislativa de São Paulo e agora estão, digitalizados, na internet.


   No total, são 350 mil documentos originais da época do Império, da República Velha e dos anos 1930, relativos ao estado de São Paulo e seus municípios. A publicação desse acervo no portal da Assembleia é fruto de um projeto de digitalização iniciado há 15 anos. Até agora, os documentos só estavam disponíveis para pesquisadores.


   Entre os registros que podem ser pesquisados no site, mediante um sistema de busca, estão diversos ofícios e requerimentos relativos à instalação, desenvolvimento e manutenção de serviços públicos nos diversos municípios; legislação referente à urbanização, abertura de estradas, instalação de ferrovias; assim como documentos sobre a organização do poder público e todo tipo de tributação, inclusive sobre o comércio de escravos.
www.al.sp.gov.br
www.al.sp.gov.br

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Como ensinar com manuscritos antigos

Arquivo Público do Estado de São Paulo lança site que ajuda professores a utilizar em sala de aula documentos históricos escritos à mão
  



Cartas, testamentos, processos penais, atas de reuniões, anotações em agendas e até bilhetes colados em geladeiras. Todos esses documentos têm uma coisa em comum: foram escritos à mão. E o Arquivo Público do Estado de São Paulo decidiu reunir e digitalizar mais de 140 deles para montar uma mostra virtual sobre as mudanças que os registros feitos à pena ou à caneta sofreram ao longo dos últimos séculos de história brasileira.

O resultado foi o site Manuscritos na história, no qual o internauta pode conferir todos esses documentos divididos por tema em dez ambientes diferentes. A mais antiga das relíquias é um testamento escrito em 1707, mas o visitante também pode entrar em contato com o texto original da Constituição Política do Estado de São Paulo de 1891, com o manuscrito do poema Círculo vicioso, de Machado de Assis, ou com uma carta de Júlio Prestes escrita em 1942.

O ponto alto do site é a seção “Atividades pedagógicas”. Nela, o Arquivo do Estado elaborou nove propostas de uso em sala de aula dos materiais disponibilizados pelo site voltadas turmas para o ensino fundamental. As atividades trabalham principalmente questões ligadas às aulas de português e de história.