segunda-feira, 28 de março de 2011

A saga dos pracinhas brasileiros na Europa

Filme italiano reconstrói a passagem do exército nacional pelo Velho Continente durante a Segunda Guerra Mundial

  
A participação do exército brasileiro na Segunda Guerra Mundial é fato pouco explorado pelo cinema nacional – com exceção de alguns documentários. O filme A montanha, que acaba de ser rodado na Itália, deve ajudar os telespectadores a rememorar a aventura das tropas brasileiras enviadas à Europa – os nossos “pracinhas”.

  O longa-metragem é dirigido por Vicente Ferraz, autor do premiado documentário Soy Cuba. Em A montanha, Ferraz pretende retratar o dia a dia de quatro soldados brasileiros em Monte Castelo, na Itália. Eles desertaram do 11º pelotão de infantaria da Força Expedicionária Brasileira e acabaram perdidos entre as linhas alemãs e aliadas.

  Além do inimigo, tiveram de lidar com o frio e o próprio despreparo para o combate. Acompanhados por um correspondente de guerra e dois desertores, um italiano e um alemão, os pracinhas resolveram realizar uma missão até então considerada impossível: desarmar o Monte Castelo, ocupado pelos alemães e inteiramente minado.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Recorde de inscritos em aulas de aramaico

Universidade de Oxford registra número inédito de alunos em curso que ensina o idioma extinto falado na época de Cristo



  Por esta nem o mais entusiasta dos professores esperava. A Universidade de Oxford começou a promover, na hora do almoço, aulas gratuitas de aramaico. Acostumados a lecionar essa disciplina para três ou quatro estudantes, os professores do Departamento de Estudos Orientais da universidade se espantaram com o número de interessados este ano. Só na primeira aula foram 56 alunos, vindos de várias cidades da Inglaterra, além de historiadores e professores da própria universidade.

  O aramaico, idioma com mais de três mil anos de idade utilizado por diversos povos do Oriente Médio, foi a língua administrativa e religiosa de diversos impérios da Antiguidade, e, de acordo com a Bíblia, teria sido a língua falada por Cristo. Apesar de hoje ser considerada uma língua em risco de extinção, na Universidade de Oxford ela passa por um revival.

  As aulas fazem parte do Projeto Arshama, uma colaboração entre as Universidades de Oxford e Liverpool que visa estudar 13 cartas do século V a.C., escritas em aramaico imperial, um dialeto usado no Império Persa. As apostilas usadas nos cursos da língua de Cristo estão disponíveis no site http://arshama.classics.ox.ac.uk/aramaic/index.html 

quarta-feira, 9 de março de 2011

Um guia de raridades sobre o Brasil


Obra editada originalmente em inglês, que lista fontes pouco conhecidas sobre a história do país, ganha primeira versão em português

  Um dos mais importantes guias de livros raros que tratam do Brasil, a Bibliographia Brasiliana, de Rubens Borba de Moraes (1899-1986), acaba de ganhar a primeira versão em português, mais de 50 anos depois da publicação original, em inglês. A obra foi lançada em 1958, em Amsterdã, na Holanda, e posteriormente revista e ampliada por Borba de Moraes, em 1983. Só agora, no entanto, o guia ganhou uma edição brasileira.

  Os livros apresentam comentários e descrições sobre obras raras publicadas sobre o país entre 1504 e 1900, e mencionam publicações de autores brasileiros do período colonial, que foram impressos fora do Brasil.
  A nova edição da obra foi uma inciativa do empresário e bibliófilo José Mindlin, quatro anos antes de falecer, no ano passado. Borba e Mindlin eram amigos e tinham em comum a paixão por livros. A edição em português foi baseada em anotações e correções feitas pelo autor em um exemplar publicado em 1983. O livro faz parte da Biblioteca de Guita e José Mindlin, doada à USP e continha uma nota de Borba de Moraes com o título: “Instruções para uma improvável edição póstuma lá pelo ano de 2003”.

  O autor de Bibliographia Brasiliana foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922 e diretor da Biblioteca Municipal de São Paulo, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Centro de Informações das Nações Unidas em Paris e Biblioteca das Nações Unidas, em Nova York.